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Curtas: Dead Cells

 


Um game especialmente frenético e que mistura elementos clássicos de mtroid-vanias com um estilo rogue-like, extremamente desafiador para novos jogadores, porém divertido e viciante.
Assim defino Dead Cells, um jogo que usa, inclusive, bastante influência da série Souls, com batalhas difíceis e que dependem muito da esquiva do jogador.

Uma das coisas que mais valorizo em jogos de ação e hack and slash é a sensação de impacto que cada golpe causa. Essa sensação recebe influência de vários aspectos, como o impacto da câmera, o impacto do inimigo ao receber o golpe, os efeitos sonoros, etc. E esse elemento está muito bem representado aqui. É extremamente satisfatório acertar os inimigos, enquanto sofrer um golpe causa uma sensação um tanto "ruim" por assim dizer.


As batalhas são difíceis, é verdade, porém são todas resolvidas em instantes. O jogo todo é bastante rápido. Cada fase pode ser completada em minutos, se tornando um ótimo título para quem curte speedruns.

Cada vez que o jogador morre, ele é levado ao início do jogo, perdendo boa parte de seu progresso: dinheiro e itens, além de habilidades ativas e passivas adquiridos durante a partida. Acontece que, a cada vez que se completa uma fase, o jogador pode utilizar suas células, obtidas aleatoriamente derrotando inimigos, que funcionam como um "dinheiro" secundário no jogo, para desbloquear novos itens e habilidades, alguns desses ficando permantes durante toda a campanha.

A questão é que, mesmo desbloqueando esses itens, o jogador não tem acesso à eles logo de cara. Eles agora estão apenas disponíveis durante as fases, permitindo coletá-los.

Todos os itens, habilidades e equipamentos são divididos em três cores: vermelho, verde e roxo. Isso é uma forma de definir a categoria do item. Sendo o vermelho normalmente a cor das armas mais pesadas e de corpo a corpo, os roxos para armas mais leves e à distância, e os verdes para itens com alguma característica mais estratégica, como armadilhas ou granadas, por exemplo.

Alguns itens podem, inclusive, possuir duas cores, podendo até mesmo uma cor realizar mais ou menos influência sobre o item do que a outra.

A importância das cores está, principalmente, na possibilidade de encontrar upgrades durante as fases, permitindo o jogador escolher entre uma dessas três cores. Esses upgrades aumentam e recuperam parte do HP, além de aumentar o dano dos itens daquela cor específica.

A grande sacada do jogo é que, mesmo que você tenha algum item preferido, cada vez que você joga, você encontrará itens diferentes na fases. Isso faz parte da característica procedural do jogo, possibilitando terminar as fases e enfrentar inimigos de maneiras diferentes, na base do "se vira aí, irmão".

Sim, esse jogo possui mapas procedurais, porém, cada mapa possui uma arquitetura única. Alguns são mais amplos verticais, como na Torre do Relógio, enquanto outros são mais labirinticos, como nos esgotos. A cada fase nova, novos elementos são encontrados, porém sempre dentro de suas especificações.


Os gráficos de Dead Cells são simplesmente majestosos. Partículas estão voando por todo lado a todo momento. Com cores extremamente saturadas e brilhantes, por mais que pareça à primeira vista, o jogo não fica confuso visualmente, mesmo com muitas informações na tela durante as batalhas. Você consegue saber o que está fazendo e pra que lado ir, mesmo quando está sendo atacado por vários inimigos ao mesmo tempo.

Por mais que o jogo seja tão colorido, ele tem uma pegada um tanto dark. Você sente que aquele não é um lugar feliz, por assim dizer. É possível perceber isso claramente, quando encontramos prisioneiros ou cadáveres pelas fases e interagimos com os mesmos. Isso mostra o contraste que há entre a ideia do jogo e a sua apresentação.

Esse contraste combina muito bem com toda a estética do jogo. O contraste entre os gráficos e a vibe passada é quase o mesmo contraste entre as cores e partículas voando pela tela. Tudo parece se encaixar perfeitamente. Você se sente imerso nessa mistureba de pixels coloridos e brilhantes.


Dead Cells consegue, pelo simples, se tornar extremamente viciante. Esse jogo conhece o seu próprio potencial e o explora muito bem. Um dos melhores indies já feitos, além de um dos melhores jogos que já joguei. Recomendadíssimo pra quem curte um bom jogo de ação, mesmo para os que não gostem tanto de metroid-vanias.

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