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O tático em sua essência



Minha história com RPGs táticos é um tanto quanto parecida com a dos RPGs de turno tradicionais. Em ambos os casos eu não me interessava tanto, achava lento e repetitivo, não via graça em jogos que mudavam completamente o visual, a interface e a própria mecânica quando se entrava em uma simples batalha. Mas também em ambos os casos, por conta de dois jogos específicos e, principalmente, por conta da nostalgia que eu sentia ao jogá-los que me fizeram gostar desses gêneros tão interessantes.Enquanto o responsável por me fazer gostar dos clássicos RPGs por turno foi pokémon, ao qual o desenho havia sido o meu favorito na infância, o jogo que me fez ver com bons olhos batalhas em campos no formato de tabuleiro foi Chroma Squad, um jogo indie brasileiro com forte inspiração nos "super sentai" japoneses, séries que originaram os ocidentais Power Rangers, outro programa que me fazia feliz durante as minhas manhãs na finada TV Globinho.

Chroma Squad foi um fenômeno bastante interessante na minha vida. Eu realmente não suportava jogos táticos, porém as mecânicas desse jogo me trouxeram um prazer imenso ao jogá-lo. Sobre a história, bem, vou me alongar apenas quando fizer um artigo específico para ele, mas no geral é a seguinte: um grupo de dublês foi demitido da produção de uma série de super sentai, porém resolveram se juntar e criar uma série independente própria. A partir daí, gravamos os episódios e concluímos as temporadas, ganhando feedback da audiência. As batalhas, no caso, ocorrem durante a gravação dos episódios. Toda a parte de gerenciamento me encantou e me fez zerá-lo bastante rápido. Após terminá-lo eu fiquei com um gostinhos de "quero mais" e saí pesquisando novos jogos que poderiam suprir essa ausência.

Foi a procura de jogos parecidos com o indie brasileiro que eu acabei me deparando com um jogo um tanto diferente: The Banner Saga.

As batalhas de jogo são lindas...
Na verdade, esse jogo me interessou apenas de início. As mecânicas de batalha são divertidíssimas, os gráficos são extremamente bem animados -são feitos à mão e, apesar de serem em 2D, não fazem uso de pixel art.

O primeiro jogo, que foi o único que testei, me pareceu arrastado até de mais. Quando não estamos em batalha, os diálogos se resumem a gifs com poucas expressões em conversas que, muitas vezes, me pareciam desinteressantes, lembrando bem mais uma visual novel do que um RPG em si.

Desinteressantes vírgula, já que a ambientação e a mitologia por trás da história são belíssimas. Com uma forte inspiração na mitologia viking, misturando gigantes, golens, magias e tantas outras coisas fazem valer a penas dar uma conferida. É óbvio, não é porque um jogo não me agrada que você não vá gostar.

Vale citar também alguns outros títulos, como Disgaea que, na verdade, eu nunca me interessei. Esses tipos de jogos que se valem de absurdos para contar uma história mais bem humorada não me pegam tanto. Mas quem sabe algum dia?

Outro que também vale citar é o Stella Deus. Esse é um jogo de Playstation 2 que, à primeira vista parece bem interessante. Pelo que vi de reviews, porém, ele não é tudo isso. Eu nunca o joguei pois não tive interesse na época do meu PS2, mas ainda desejo bastante conferir do que se trata.

Wakfu e Dofus também merecem ser lembrados. Não é fácil criar um MMORPG com batalhas em turno, ainda mais batalhas táticas. Eu já joguei um pouco do Wakfu e recomendo. O meu problema, nesse caso, não é com os jogos em si -que são muito bons, diga-se de passagem-, mas com o fato de serem MMOs. Esse gênero nunca me prende, as missões sempre são bastante genéricas e o grinding é fácil. Porém, o fato desses "irmãos" serem por turno tático quebra um pouco esses problemas, tornando-os bastante divertidos.

Já Fire Emblem nunca foi meu tipo. Algo nunca me atraiu tanto nesse jogo, mas não sei dizer exatamente o que.

Para começar, eu gosto bastante da forma como regemos nossa party. Os personagens tem motivações próprias para entrarem no grupo, além do que eles podem morrer permanentemente, assim como na maioria dos jogos do gênero. Porém, como em FE -pelo menos nos de GBA- os personagens possuem suas próprias personalidades e motivações, isso nos faz criar um apego maior, sendo até mesmo um tanto doloroso quando perdemos um membro ao qual gostamos muito.


Nota: Eu não havia jogado o Sacred Stones antes de escrever esse artigo, então o que eu falo a seguir vale apenas para o The Blazing Blade, ok?

Porém, o fato do jogo não possuir um "pause", um momento apenas para gerenciar e evoluir os personagens quebra muito a minha perspectiva sobre o game. FE se resume em, basicamente, uma visual novel com batalhas entre os diálogos. O gerenciamento é pouco e o grinding, assim como em outros jogos, se deve ao realizar ações durante as batalhas. Porém, como as batalhas são todas lineares e acontecem apenas com o decorrer da história, você não verá de fato uma grande evolução nos personagens. O que mais me prende em um RPG é, justamente, o sentimento de recompensa por evoluir a equipe. Perceber que os nossos personagens estão mais fortes que os inimigos por mérito próprio. Por esse motivo eu acabo me prendendo tanto em certos títulos, enquanto outros não possuem esse apelo comigo.

É bom lembrar que minha experiência com o RPG da Nintendo se resume ao primeiro jogo do Gameboy Advance. Ainda desejo experimentar os títulos de 3DS, que são os donos da melhor fama da franquia.

Sem dúvidas, esse é um dos melhores títulos do gênero e está sempre nas listas de melhores RPGs táticos de todos os tempos. Vale a pena conferir.


Valkyria Chronicles é um dos grandes títulos do gênero. Um RPG tático diferente, porém com a premissa mais óbvia e menos explorada pelo gênero: guerras modernas. Esse jogo traz uma mistura de segunda guerra mundial com personagens de anime.

A história, na verdade, não é baseada em fatos reais. Porém acontece no continente europeu envolvendo nações fictícias. Isso acaba permitindo uma maior liberdade sem ter o medo de contradizer fatos ou declarar algum alinhamento político.

Eu experimentei os dois primeiros títulos da série, sendo o primeiro para Playstation 3 e o segundo, assim como o terceiro para os portáteis da Sony. Dito isso, a minha impressão foi que o segundo jogo é bem mais divertido, justamente por ser um game portátil. O primeiro VC parecia simples de mais para um título de mesa.

As mecânicas de batalha são bem diferentes dos games discutidos anteriormente. Aqui não existem "casas" como em um tabuleiro de xadrez. Na verdade, cada personagem, quando em seu turno, possui um limite de caminhada, assim podendo vagar livremente pelo cenário enquanto ainda houver esse limite -mesmo o limite sendo bem baixo. Assim, é preciso planejar bem cada ação para que o personagem não fique parado no meio do fogo cruzado.

Por ser um jogo no estilo anime e, inclusive, possuindo uma série animada própria, como é comum nesses jogos japoneses, os personagens acabam por ser bastante caricatos. A carga dramática é bem baixa e, por muitas vezes, o absurdo toma conta do enredo, criando um deus ex machina bizarro, como no primeiro jogo onde, do nada, eles possuem um fucking tanque de guerra na garagem. Tudo bem, o pai deles foi um militar e piloto de tanques, mas acredito que nenhum piloto de tanques possua um dentro da sua garagem...

Embora essas tramas de anime sejam o mais comum na série, isso não diminui a qualidade de um jogo como esse.


Tactics Ogre: Let us Cling Together é um dos motivos que me levaram a escrever esse artigo.

Senhoras e senhores, que jogo maravilhoso!

Lindo, fluido, com um grinding prazeroso e recompensador. Não sei se serei justo nos adjetivos que penso para descrever essa obra.

A franquia Ogre é bastante extensa, porém nunca teve grande notoriedade no lado de cá do mundo. No entanto, esse jogo, mais precisamente o remake de PSP, foi muito bem recebido pelos jogadores daqui.

Lançado inicialmente para Super Nintendo em 1995, esse remake fez o ótimo trabalho de revigorar um título bastante nichado e até mesmo underground e trazer à tona um game tão bem feito que merece ser reconhecido.

Sem dúvidas, esse é um ótimo título a se jogar para os fãs do gênero. Um ótimo herdeiro, inclusive, do tão aclamado Final Fantasy Tactics.

Sim, porque Final Fantasy Tactics bebe muito da fonte do Tactics Ogre. Quando se conhece os dois jogos, percebe-se rapidamente as semelhanças, principalmente no que diz respeito às mecânicas de batalha.

Ambos possuem um sistema de "precisão", que varia de acordo com a localização de um personagem em relação ao inimigo.

Outra mecânica inspirada foi a de morte, quando um personagem tem seu HP diminuído a zero, o jogador tem até três turnos para que ele possa ser revivido. Caso contrário, o personagem morre permanentemente.

Mas, acho que já é o suficiente por aqui. Quando eu terminar o jogo eu trarei um artigo exclusivo, deixando minha opinião principalmente em relação à história.

E, para aqueles que gostariam que eu discorresse sobre Final Fantasy Tactics e sentiram falta disso, peço que tenham um pouco de paciência. Esse é um título que merece um artigo só para ele, tanto pela complexidade, quanto pelo carinho que eu guardo por esse game, se tornando não só o meu título favorito do gênero, como também o meu jogo favorito, ao lado, obviamente, de Chrono Trigger.

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